O espírito Amélia Rodrigues
Na obra Pelos Caminhos de Jesus
Ao rico esclarecimento conduz
Sobre a história da mulher adúltera
Que machucada e sofrida
Quase fora uma vítima
Da multidão enfurecida.
Mas Jesus com sabedoria
Interferiu na tragédia anunciada
Com amorosidade, naquele dia,
Impediu que a mulher fosse linchada!
Jesus , tocando o plug da consciência
Falou àqueles homens e mulheres
Em delírio ameaçador,
Atire a primeira pedra
Aquele que nunca pecou!
Com extrema rapidez
A multidão se desfez,
E, naquela noite, aquela mulher
Não conseguia adormecer
Desejava ardentemente,
Àquele homem agradecer!
E saiu pelas ruas a vagar
Procurando aquele Ser especial
Que com amorosidade impedira
O apedrejamento fatal!
E ao encontrar Jesus,
Ajoelhou-se aos Seus pés
Queria manifestar a gratidão
E Ele estendendo-lhe a mão
Convidou-a a se levantar
E com muita humildade
Aprender se perdoar!
Ela solicitou a Jesus
Que a permitisse seguir os seus passos
Mas Ele num afetuoso abraço
Esclareceu-lhe que deveria aguardar
Pois o Pai indicaria
Um caminho venturoso
Em que ela pudesse recomeçar!
E aquela mulher copiosamente chorou
E experimentava tanta dor no coração,
Então indagou a Jesus
Como alcançar o perdão?
Entre os dois travou-se belo diálogo
Que a Misericórdia Divina encerra
E Jesus esclareceu àquela mulher
Que o Pai não abandona quem erra!
E Jesus a conclamou
A ter calma e serenidade
Pois o Pai lhe apontaria
A grandiosa oportunidade
De transformar seu equívoco
Em trabalho de caridade!
Dez anos depois, na cidade de Tiro
Uma choupana à beira da estrada
Vivia uma solitária mulher
De vida simples e recatada
Portadora de tanta bondade
O rosto apresentava resquícios da beleza
Que tivera na mocidade!
Ela acolhia os pobres transeuntes
Portadores de dores dilacerante
Curava-lhes as feridas
E servia-lhes caldo reconfortante.
Conclamava-os a terem fé e esperança
Na edificação de um reino de bonança e luz
E com beleza, desenvoltura e encanto
Ela apresentava-lhes o Mestre Jesus!
Certo dia, ao seu casebre foi conduzido
Um irmão atormentando
Um homem enfermo e sofrido
Que inspirava cuidados!
Para surpresa daquela mulher
Era o esposo desventurado,
Que num passado remoto
De forma tão leviana,
Inspirou-lhe o pecado!
Ela simplesmente o acolheu
Com a mesma predisposição
De praticar caridade
Aliada ao perdão
A ele, também, falou de Jesus,
Como salutar medicação!
Na continuidade desse episódio evangélico
Há um desfecho consolador
Que sinaliza que no processo de redenção
É preciso aquebrantar o coração
Na prática incessante do Amor!
Grupo Chico Xavier- 21/01/21
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