Grupo Mediúnico Chico Xavier
Passe de Tratamento Intensivo – 21/03/2019
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Pictografia: Deise Rosa. |
A questão do egoísmo no ser
Amigos,
São séculos de caminhada de nossos espíritos em
busca do nosso maior amigo espiritual, Jesus e seu amor. Ao longo de nossas
jornadas individuais, às vezes por caminhos tortuosos e às vezes por caminhos
mais floridos, podemos observar as sutilezas da perfeição das Leis Universais
de Nosso Pai Maior: as jornadas nunca foram, de fato, individuais. Elas sempre
estiveram interligadas, elas sempre foram caminhadas evolutivas conjuntas. Nós
nunca caminhamos sozinhos. Ainda dentro da perfeição das Leis de Deus, esse
fato pode ser observado e pensado sob dois pontos de vista: Nosso amigo
sincero, Jesus de Nazaré, jamais permitiria o abandono de nossas almas. Por
mais complexo que ainda seja para várias individualidades acreditarem, ou
melhor, compreenderem (pois o que compreendemos, observamos, internalizamos e
acreditamos), o Cristo é amor puro e isso significa que Ele é amor puro por
cada um de nós: o Cristo acompanha pessoalmente cada um de nós. O segundo ponto
constata o que já sabemos, mas o orgulho e a vaidade ainda obscurecem os nossos
olhos: a evolução não se faz só. Somos todos colocados nos círculos de
convivência que precisamos vivenciar para os nossos desafios, para as nossas
retomadas, para o nosso melhoramento.
Entretanto, irmãos, somos também o conjunto dos
melhoramentos que vivemos. Não somos apenas a nossa própria evolução. O que
pensar daqueles que nos antecederam? Não somos também um pedacinho de cada vida
vivida, de cada familiar amado, de cada tristeza superada? Não somos também uma
pequena parte de nossos pais e mães? Mas na infinitude da bondade do Pai, não
somos apenas união de partes. Somos além, somos um terceiro elemento, com
características únicas, nascida da união de tantos outros elementos.
Como conciliar, amigos, esse pensamento que pode
parecer complexo a alguns, de individualidade do espírito e de evolução
coletiva? De jornadas que só são caminhadas por pernas próprias e que se
fundem, se unem, se mesclam ao longo do caminho?
A transformação moral é individual, o Codificador
nos trouxe isso. Ela só se inicia no cerne do ser e no momento em que a sua
consciência desperta de forma independente de todo o resto. Esse processo de
transformação e despertamento é único, é só, é individual, é pessoal. Porém, a
transformação não se encerra no despertamento. Ela se prolonga, ela se estende,
ela se instrumentaliza nas nossas ações, nas nossas atitudes, nas nossas falas.
O que inspiramos nos que vivem a nossa volta? Como
os outros nos inspiram? Como a nossa transformação muda nossa postura frente a
vida e às nossas decisões?
Ao colocarmos em prática a nossa transformação,
afetamos aqueles que optaram por seguir suas jornadas em conjunto como as
nossas.
A ausência de transformação moral segue a mesma
ideia, amigos. Ela também afeta as jornadas que temos em comum. Consciências
individuais precisam caminhar de mãos dadas com outras consciências
individuais: somos individualidade, somos coletividade.
A mudança começa dentro de cada um de nós, apena em
cada um de nós, somente por nossa vontade própria.
A mudança da coletividade começa em cada um de nós.
Se ela não começar, a coletividade não irá se transformar. As jornadas terão
mais dificuldades de se desenvolverem em todos os aspectos. Lembrem-se:
individualidade e coletividade são dois lados da mesma moeda, ou se desenvolvem
juntas ou retrocedem juntas.
O que pensar de tempos de transição planetária em
sociedades tão doentes? Bom, as pessoas estão doentes, sofrem, a coletividade
sofre. Aqueles não diretamente ligados a tragédias, dramas, raras exceções,
sofrem por empatia.
Que descrença infantil! Que falta de fé raciocinada
em se entregar a tal empatia. Retomem as rédeas de suas responsabilidades
evolutivas, frente a si mesmos, frente às pessoas queridas, frente a sociedade
em que vivem.
Meditem sobre o papel que suas transformações
morais estão assumindo para os outros, para si mesmos: nós não caminhamos
sozinhos, então não vamos assumir posturas egoístas.
Até quando a chaga do egoísta irá cegar almas tão
amadas pelo Pai?
Conhecimento não nos falta mais. O que nos falta é
a caridade, é a fé que vem do coração e passa pelo raciocínio, é a superação
enraizada no amor.
Reflitam sobre suas transformações, sobre suas
posturas, sobre seus egoísmos, sobre seus companheiros. Coloquem em prática os
ensinamentos do Pai. Reflitam novamente.
Sigam para a ação mais uma vez.
Temos as pedras e as flores dos caminhos de até
agora. Seremos o que daqui para frente?
Sejam caridade.
Equipe de Trabalho e Apoio Espiritual do
Hospital Espiritual Sanatório Esperança.
Psicografia de Victória Sette.